É na dor que nos reconhecemos inimigos...
de uns e de outros...
somos todos produtos
de sentimentos subterrâneos
que escondemos nos olhares calados,
na sede que não matamos
quando bebemos o sal dos mistérios internos
de sermos quem somos,
dilacerados ou ungidos...
As verdades são heroínas
inversas de nossa angústia
e lastimamos
o dia em que conhecemos as vozes
dos olhos que gritam para o mundo
a intensidade do que em nós é fragilidade
e outono.