quinta-feira, dezembro 29, 2005

Vai e volta...


Para alguém chamado Saudade...




Hey, That's No Way To Say Goodbye


Leonard Cohen

I loved you in the morning,
our kisses deep and warm,
your hair upon the pillow like a sleepy golden storm,
yes, many loved before us,
I know that we are not new,
in city and in forest they smiled like me and you,
but now it's come to distances and both of us must try,
your eyes are soft with sorrow,
Hey, that's no way to say goodbye.

I'm not looking for another as I wander in my time,
walk me to the corner,
our steps will always rhyme
you know my love goes with you as your love stays with me,
it's just the way it changes,
like the shoreline and the sea,
but let's not talk of love or chains and things we can't untie,
your eyes are soft with sorrow,
Hey, that's no way to say goodbye.

I loved you in the morning,
our kisses deep and warm,
your hair upon the pillow like a sleepy golden storm,
yes, many loved before us,
I know that we are not new,
in city and in forest they smiled like me and you,
but let's not talk of love or chains and things we can't untie,
your eyes are soft with sorrow,
Hey, that's no way to say goodbye.

domingo, dezembro 18, 2005


Acordei respirando chuva. Lavei meu rosto no sorriso dele, enxuguei-o no não aprender que tive, de não esquece-lo.

Ainda não aprendera a esquece-lo!

Nunca consegui deixar de vê-lo. Todo esse tempo... que corre atrás de nós e quer nos engolir...

Tentei pegar o tempo primeiro que ele a mim. Mas não tem jeito, o tempo é vento; é passarinho de faz-de-conta, não cabe na gaiola dos textos. Voa mais que imaginação de menino. Sinto falta do meu sono de criança... embalava-me doce e suave nos colos de amor verdadeiro. Não conhecia sangue de dor... era só de arranhado ou de tombo de brincadeira. Ouvia sempre dizer: “Depois que casar sara... ou ... já passou... já passou...”

Adulto arranha-se fundo, vira corte... tem que dar pontos. E de preferência apertados. Tenho orgulho das minhas quelóides infantes... mas choro quando faço cicatrizes de gente grande... Além de feias... machucam mais. Não sei se pela ferida recente... não sei... verdade...??? acho que por falta de motivo bom. Junto com esse vão de crescer o medo parece mais cruel.

Esses dias tenho ouvido e visto sinais, resolvi chamá-los pequenos milagres. Só chegam aos olhos que quem sentiu amor. Mesmo que meu olhar lacrimeje noites sem estrelas... a lembrança de você resgata meu sorriso sempre. É uma espécie de fardo que carrego, pesado, mas não penoso. Passo o tempo pensando naquelas minhas pequenas coisas...


Temos usado a palavra saudade com muito pudor.

Queria não ter lhe deixado um vazio... Talvez haja tempo para preencher as palavras cruzadas da sua sensibilidade, obtendo as respostas certas. Sinônimos e antônimos, nomes consagrados de sua vida, os melhores filmes, as comidas preferidas, os cheiros mais familiares, suas identidades e mais... seus sonhos.

Dou a você meu colo e uma caneta. Quando quiser, lhe ajudo a escrever e a decifrar seus segredos.

Je vous bercerai et vous donnerai un stylo. Si vous le sonhaitez je peux vous aider à écrire et à dechiffrer vos secrets...

Al Otro Lado del Río

Jorge Drexler

"Clavo mi remo en el agua
Llevo tu remo en el mío
Creo que he visto una luz al otro lado del río
El día le irá pudiendo poco a poco al frío
Creo que he visto una luz al otro lado del río
Sobre todo creo que no todo está perdido
Tanta lágrima, tanta lágrima y yo, soy un vaso vacío
Oigo una voz que me llama casi un suspiro
Rema, rema, rema-a
Rema, rema, rema-a
En esta orilla del mundo lo que no es presa es baldío
Creo que he visto una luz al otro lado del río
Yo muy serio voy remando muy adentro sonrío
Creo que he visto una luz al otro lado del río
Sobre todo creo que no todo está perdido
Tanta lágrima, tanta lágrima y yo, soy un vaso vacío
Oigo una voz que me llama casi un suspiro
Rema, rema, rema-a
Rema, rema, rema-a
Clavo mi remo en el agua
Llevo tu remo en el mío
Creo que he visto una luz al otro lado del río "

domingo, dezembro 11, 2005

Mostrar o que já não vejo.

Belo! Não quis olha-lo nos olhos de imediato. Fugia pelos cantos da casa. Não se escondeu. Nunca foi de fazer essas coisas. Esconder-se e dizer a si mesma se é um fantasma. Abriu o sorriso que não preparara. Deu um sincero abraço, geométrica e fisicamente planejado. Mas abraços sinceros são premeditados? Aquele foi! Até que chegou a hora de dar tchau um ao outro e deu a ele“o” sincero abraço. Um que era óbvio e inerente, contudo não poderia ser medido. Foi um abraço de adeus. Sentiu suas costas com gosto de bolo de limão e apertou- o quanto pode; os segundos de saudade que restaram. Aquele convite VIP para entrar na sua vida, ele já o tinha gasto. Ficaram assim, sem se perceberem de ontem e ouvindo novos nomes, não tão novos, porém esteticamente mais corretos para a tinta que foi gasta desta caneta.

Verdade.

Estou mais nua de poesia desde que perdi a hora de me apaixonar todo dia. O tempo não me deixa reinventar meus sentimentos. Será que perdi o tempo... ou ele se perdeu de mim? Preciso dar pernas aos meus sonhos... porque asas foi demais. “Deixa... deixa...”