domingo, dezembro 10, 2006
please, be careful w/ me, I'm sensitive and I'd like to stay that way...
Cega...
As cores desbotavam nas veias;
perdidas
em meio às pessoas
desencontradas entre meus dedos.
Vidas e flores se cortam com delicadeza,
inóspitas de luz, intensas na dor.
Escamas de sua pele ainda vestem
os dias dessa estação.
Paredes transparentes,
para caber os sons do tempo,
o perfume das lágrimas,
a distância dos corpos,
a saudade das almas.
E por que erramos tanto?
O sorriso insiste num sentido.
O adeus se faz com olhos de reencontro.
E a esperança...
ainda é monogâmica como a traição.
quarta-feira, dezembro 06, 2006
o tamanho do vazio é o oco.
quatro paredes,
sem teto,
sem chão.
breu animalesco,
mudo
como a chuva,
como o ar,
como a sorte.
vida X morte.
um beijo,
o momento,
as línguas,
as asas.
o gosto,
o crime,
cúmplices.
os lábios,
a cena,
o público;
o tempo calado,
a lembrança.
vastidão
é a alma que não pára.
as mãos abraçam...
o corpo
não toca,
não sente;
não grita.
o escuro,
o medo,
o frio da ansiedade...
a rosa,
a planta,
o cacto,
o espinho.
música sem pauta,
palavras sem sentido,
véspera sem futuro,
meu quarto,
sem sabor,
sem laço,
seu ninho.
o tamanho do oco é o vazio.
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