quarta-feira, dezembro 06, 2006


o tamanho do vazio é o oco.

quatro paredes,
sem teto,
sem chão.
breu animalesco,
mudo
como a chuva,
como o ar,
como a sorte.
vida X morte.

um beijo,
o momento,
as línguas,
as asas.
o gosto,
o crime,
cúmplices.
os lábios,
a cena,
o público;
o tempo calado,
a lembrança.
vastidão
é a alma que não pára.

as mãos abraçam...
o corpo
não toca,
não sente;
não grita.

o escuro,
o medo,
o frio da ansiedade...
a rosa,
a planta,
o cacto,
o espinho.

música sem pauta,
palavras sem sentido,
véspera sem futuro,
meu quarto,
sem sabor,
sem laço,
seu ninho.

o tamanho do oco é o vazio.

4 comentários:

Anônimo disse...

palavras sem sentido,
véspera sem futuro
mato!!!!!!!!!adorei

Anônimo disse...

adorei esse..
muito bom...

Anônimo disse...

Seus textos estão cada vez mais intensos e bonitos e eu estou gostando cada vez mais de ler, se você estiver afins de conversar sobre os textos e quiser me dar o privilégio de escutar você cantando, me manda um Email e combinamos de nos encontrar em uma mesa de um bar interessante (Isso se vc lembrar vagamente de mim no Barzinho Canto do Aristóteles em Santa Tereza).
Eu sou compositor e poderia lhe mostrar algumas músicas minhas e aposto que seria bem legal!

Meu Email é: hall9003@hotmail.com
Meu Cell é 97012851

Um grande abraço e espero o seu aceno de volta.

William Serra

Anônimo disse...

simplesmente belo...
o que dizer...
sem palavras minha amiga...
bjos