segunda-feira, fevereiro 12, 2007

linha do tempo


Tempo-reposta;
meu atraso é constante.
Se me adianto,
fecha-me as portas.

Sempre me olhas de frente ou distante.
Nunca me dá as costas.
sorrindo irônico
de minha imprudência incessante.

Tempo, tuas palavras
Provocam as “horas”...
Tudo é agora,
partes e demoras,
ou simplesmente vai-te embora.
Sem pestanejar, me ignora.

Tempo! Tempo!
Por que és tão indiferente a mim?
Sou menina crescendo
a fazer-te companhia.
Agulha para tua linha,
nessa costura infinita

que é a vida.