terça-feira, maio 13, 2008


Escondo os homens e mulheres
que vivem entre letras e
minha poesia.

Ando comendo versos,
aqueles que não posso mais digerir...
Matando suspiros,
que ainda me sufocam.

Mas sempre,
engolirei cada ser,
com toda fome e vontade,
os que ficaram nas poucas rimas;

com toda sede que senti,
quando anonimamente
para eles escrevi cartas de amor.

Pedaços meus...

Cacos de vida
espalhados pelas entrelinhas
inconstantes dos meus desejos,
dos meus segredos,
que decoram os labirintos
das linhas que ainda escrevo.

segunda-feira, maio 05, 2008

Ela


Ela narrava todos os momentos:
todas as luzes,
todos os odores,
todos os pêlos.


Ela sentia os segundos,
gemia minutos...
prolongava-se trépida em sua cama,
fantasiando segredos.


Crescia mulher...
alma, corpo e veias...


Ela jorrava sentidos
dos poros, dos olhos e desejos.


Ela se libertava,
com amor
e com suas mãos...
desfazendo-se em êxtase.


Livre de todos os medos...


ela se sorria,
plena,
inteira...
feliz...

E se deleitava...

Fazendo amor com seus dedos.