quinta-feira, fevereiro 26, 2009

Para a amiga Grazi - ventos levam e trazem o sorriso da menina que vive distante...


Quebraram-se os dogmas do amor.

Corações partidos...

com o tempo,
com a música,

com a vida...

Não se completavam.

Não se ungiam.


Paixão insípida.

Laços desfeitos,

pele vazia.


Um encontro com o EU perdido.


Verdade velada no incosciente liberto

da mulher que ama e que vê.


Mas os tempos são outros...

Basta um encontro consigo,

e a leitura se desconstrói em madurezas íntimas.


Visto-me de concreto

e vivo minhas abstrações de querer.

Enfeito-me da alma que tenho,

construo belezas obtusas.


AMO!!!


E assim falo

e vivo minhas intensidades.

segunda-feira, fevereiro 16, 2009

days like these...


Em suas mãos eu me abro,

os olhos se acendem,

o vazio se desfaz em pessoas...

e ouço segredos,

e decifro olhares...



Visto-me de nós,

Esqueço-me da solidez do mundo.

Transcendo os significados,

despedaçando-me no que é indizível.

E há um sentido para tudo...

O dia se pinta de Renoir,

a vida se compõe de Magritte...

E ainda somos todos amados pelo mesmo Deus.



O que me intriga é o fio invisível da essência

que se dissipa encontrando-se

no silêncio de verdades e mentiras.



Dionísio abençoa os dias

de sentimentos secretos e abraços guardados.

E eu me vou... sorrindo sempre...

Pelas esquinas alheias,

reconhecendo-me em passos outros,

que me vestem de sol

em dias assim.