domingo, março 14, 2010

dancing w/ myself...


a dor que me aprisiona em seus olhos veste-se “do nada”, quando meu sorriso desnuda minha alma./ pele que abraça sensações de sentir a verdade, /os pés caminham descalços pelo desconhecido do que sou./ frágeis são o céu e a terra/ quando minhas intensidades transbordam de quem não sou./ não há mapas ou sal.../ a direção é o incerto sentir./ planto sementes, colho ventos./ tenho a legitimidade das cores que sussurro/ e ainda navego sem bússola ou estrelas nos mares que buscam coragem e uma certa fé./ os santos humanos imploram a piedade do mundo./ na despedida do meu outro, sou água de nascente que nutre a caminhada errante do inesperado./ a volta é o recomeço faltante do insosso vivido na lei frágil do não ser./ minha sede insiste em palavras mudas, líquidas de amor e vida,/ alheias à mediocridade de quem dividiu o indivisível./ e ouço músicas que só o vermelho inato em mim traduz as vicissitudes do eu que desconheço e amo.



3 comentários:

Anônimo disse...

oba!!!!!!!! you´re back!!!
your poetry is awesome, as usual

Anônimo disse...

Estava com saudades de você e de sua poesia....
bjs

Gil Guilherme

Luisana Gontijo (Lu) disse...

Gostei muito dos seus textos! Poesia pura! Devia escrever mais!
Senti falta da lista de seguidores. Quando ela estiver por aqui, farei parte dela.
Beijo!