quarta-feira, dezembro 28, 2011

Ludwig von...



Voz doce e suave
emanada de um olhar
feminino e perfumado à sua maneira.
Vesti-me do isntinto que me prendeu
em seus olhos claros
como a névoa de um deserto
que me extasiou no primeiro dia.
Eu disse sim à minha loucura!
Acariciando seus cabelos...
A delicadeza de seu espírito acendeu em mim
o desejo pela boca,
pela pele...
Alguns abraços depois
eu já a ansiava em minha cama,
arrepiando os pelos,
despertando entre nós
o que ao mundo é velado.
Um porre de seu odor
me ressaquiou por uma semana
e como um vício
corpo e alma pediam mais
daquilo que é proibido.
Há perguntas e vazios transbordando
em libido e cautela.
Respondo sem pensar à pergunta:
Para que transformar um desejo livre em escravidão?
Meus lábios a perseguem
como sede e água...
E marcamos um desencontro
no insípido não do tempo
que nos pertenceu.

Para quem acredita que o tempo das coisas sempre vem na hora certa...

segunda-feira, julho 25, 2011

searching...


Ainda tenho o mesmo traço. Desenho os corpos presos e pinto as almas que voam... o mundo adota os vazios meus e dos outros, me contando suas histórias... sussurrando seus segredos escondidos nos espelhos das ruas, no cinismo das palavras, no que gritam seus olhos. Bebo a pele e o sal do não dito, do inexplicável, do que me incompleta. Leio páginas, escrevo algumas, rasgo outras... o incompreensível queima-me por dentro e ainda sou a mesma verdade indizível de outros dias... por onde andou meu coração?

sexta-feira, maio 13, 2011

cherry tree



O sal da verdade vestiu o emaranhado de palavras que me disseram adeus...

Também penso no que se foi. E sinto cada dor, em cada poro da pele.

Vivemos muito e sentimos muito... Talvez simplesmente o bastante... talvez não...

Nossos mundos que caminharam juntos por tanto tempo se apartaram como que seguindo a ordem natural do universo.

Sim, seria mais difícil sem você.

Tanta coisa não teria tanto sentido. O vazio não me caberia tão bem, não fossem as medidas que descobrimos.

Quebramo-nos e estamos nos reconstruindo... em novas formas que talvez nos tragam mais paz.

There’s no judment day...

Meus sonhos e minhas angústias se enchem de afeto quando penso que tudo está sob a gerência da transformação do tempo, que virá, irremediavelmente.

Seguirei com meu peito transbordando em sentimento, pois você sabe o que é inerente à agudez de ser Paula.

Talvez nos encontremos no mesmo abismo, nos sorrindo e nos querendo bem. Você será feliz, bem como eu, vivendo o que Deus e o mundo nos reserva de encontros e desencontros.

Cumprimentaremos nossas almas em Florença, na outra vida que nos prometemos.