domingo, outubro 29, 2006

Jardim de chuva


(no dia que choveram Paulas... rs... pra gente, amiga!)

Duas moças plantavam
um jardim de chuva,
colhiam suas almas
bebendo gotas de céu.

Lavavam os pés,
nas lembranças de criança,
quando comiam algodão doce e
passeavam de carrossel.

Nas chuvas de domingo
montavam origamis,
que tinham nome
de barquinhos de papel.

As moças,
agora meninas,
dançavam nas enxurradas
das tardes sem pressa.
Soltavam seus barcos
do cais da memória
nas águas sem fim.
Descoberta encantada
de ser gente grande,
brincar de boneca,
e acreditar em anjos e serafins.

Olhares alheios
por ali passavam
irresistíveis ao sorriso
das moças-criança
e do som
das gargalhadas
de ingênua alegria.

O jardim dava flores,
cores para escrever
páginas de pensamentos.
Jorrando seiva e amizade,
risadas... e brincadeiras,
era a infância de volta
flagrada num lapso
de capricho do tempo.

4 comentários:

Anônimo disse...

Bah, quanta inocência!
rs...
Mas vai lá, o rodinho ficou legal.

Anônimo disse...

Amiga seus escritos é um conforto...bjos.

Anônimo disse...

TO sem palavras !!! quanto mais leio mais quero ler !! essa composicao me levou direto para casa de minha querida ...onde sempre lia poesia enquanto cuidava dela !!! meu Deus que bom seria se o tempo parace naquele dia de chuva e se anjo vivesse de verdade !!lv u lu

Anônimo disse...

Já tinha um tempinho que não passava por aqui... Que saudade... Havia me esquecido como é bom ler o que escreve... lembranças ressurgem... da uma paz... Bjos