quinta-feira, julho 26, 2012

struggle



A verdade que se constrói aos olhos alheios se inverte convenientemente. A realidade sim, essa vem das entranhas. Por que se justifica na medida do nada? Não se esvazie do que nunca teve. É imodesto desmedir ou destituir o desconhecido. O mundo almeja equilíbrio e conhecimento, não conquistas para sua auto-afirmação. Para se sonhar, por vezes pagamos o preço da razão. Acontece! A vida tem seu fluxo próprio, mas somos agentes de intemperismos singulares, quando nos propomos a mudanças significativas. Se há o que despejar, eu transbordo... Não há lugar para o degredo ou injustiças. Se não o era, por que fez acreditar que sim? Alguns sentimentos não se renovam... E sim, nos perdemos em labirintos escuros e sombrios, mas colhemos flores no caminho, lembra? Você que poucas vezes se vestiu do avesso, não aprendeu a transcender da caverna cordial que criou. Versos não morrem, se revigoram com o tempo. E a crença na eternidade é ponderada na lembrança do que sempre foi, mas nunca será. Há dias em que tudo é confuso e inóspito, eu sei. Vivo em meus próprios desertos e "tudo é deserto". Mas insisto na jornada de ser. Reconheço seus passos na areia... mas o vento insiste em dar-lhes outra direção.

Um comentário:

Anônimo disse...

Amei,amiga ! Voce realmente se vestiu do avesso e buscou lá no fundo da alma humana, os sentimentos mais ocultos ! Foi um belo mergulho no tempo e no espaço ! Sabe de uma coisa ? Adorei ! Vou querer um autógrafo pessoalmente desta grande poetiza, um grande abraço, Cádia