É preciso calar./
Guardar os instintos na razão do mundo./
Emudecer os tangos e os vinhos./
Guardar as cores dos dias perfeitos/
que apagam o gosto das horas quando estás comigo./
Sabes que é assim./
A leveza que buscamos corta os olhos alheios/
e ficamos distantes no mesmo segundo./
Já não escrevo mais cartas,/
testemunhas doces dos pecados que não cometemos./
Teu cuidar medido afaga meu sorriso/
quando escreves lucubrações íntimas,/
denunciando noites ébrias de odores, músicas e fantasias./
Tens-me, não nego./
É tempo de fazer as malas./
Estreitamos caminhos de destinos sensíveis e corações audazes./
Sabes do meu esforço para ver-te sorrir longe do que não somos./
Contudo meus ventos buscam terras outras,/
terras de ser Paula./
E tu vens junto em brisas de inverno,/
para reencontrar-me na primavera de teus desejos transparentes/
e delírios oníricos meus./
Não será o tédio que soará em teus ouvidos/
desgastados pelo opaco de dias insípidos,/
mas canções nossas,/
de suavidade ímpar e volúpia indelével/
quando dividimos taças e confidências,/
entre uma cama e outra e/
tu já não querias partir./
Ficamos no encaixe perfeito dos abraços,/
na delicadeza dos lábios, da pele./
Mas ainda.../
É preciso calar,/
Guardar os instintos na razão do mundo./
Emudecer os tangos e os vinhos./
Guardar as cores dos dias perfeitos/
que apagam o gosto das horas quando estás comigo./
Sabes que é assim./
A leveza que buscamos corta os olhos alheios/
e ficamos distantes no mesmo segundo./
Já não escrevo mais cartas,/
testemunhas doces dos pecados que não cometemos./
Teu cuidar medido afaga meu sorriso/
quando escreves lucubrações íntimas,/
denunciando noites ébrias de odores, músicas e fantasias./
Tens-me, não nego./
É tempo de fazer as malas./
Estreitamos caminhos de destinos sensíveis e corações audazes./
Sabes do meu esforço para ver-te sorrir longe do que não somos./
Contudo meus ventos buscam terras outras,/
terras de ser Paula./
E tu vens junto em brisas de inverno,/
para reencontrar-me na primavera de teus desejos transparentes/
e delírios oníricos meus./
Não será o tédio que soará em teus ouvidos/
desgastados pelo opaco de dias insípidos,/
mas canções nossas,/
de suavidade ímpar e volúpia indelével/
quando dividimos taças e confidências,/
entre uma cama e outra e/
tu já não querias partir./
Ficamos no encaixe perfeito dos abraços,/
na delicadeza dos lábios, da pele./
Mas ainda.../
É preciso calar,/
e tu te vais/
como nos sonhos bons de menina.