domingo, outubro 16, 2005

no memory for love...


I miss you, but I haven't met you yet. Quem não amou ou foi amado tem medo da morte. Tudo é mais cavado, mais compassivo, flor da pele. Aqueles que amam e os que não o fazem têm algo em comum... A insegurança. Essa lancinante figura de mil faces. Para quem não conhece o tal amor dos poetas e filósofos é uma máscara... um esteriótipo de macho ou fêmea mal sucedido. Acha que isso reflete tanto na vida da pessoa? Bem... penso que é mais questão de desejo, lascívia. Quando tanto a contempla no outro que cria-se uma auto figura de desprezo reflexiva desde um seu olhar ao modo de se vestir... Será? Nada é tão simplório quando se tem medo de si mesmo... mais que isso, medo dos outros! É a pior das faces da insegurança, não se firmar em nada, muito menos em si. Há, em contrapartida, os que moram no ataque, e de tão inseguros vibram com o temor dos outros e outrora não passam de ratos com frio. Os da defensiva se esquivam até no modo de olhar... talvez seja essa a melhor investida. Impor-se!!! O que na verdade se confessa numa eterna fuga. Não há justiça no amor. Não é assim que funciona... não sei como funciona... mas talvez possa dizer quando não o é. Há esse sofrer implícito, que é bom e ruim... dói, contudo cultiva o sentimento. Insegurança da espera, do suor nas mãos, tremor nas pernas, frio na
barriga... esse é um ser que ama. Que conhece física e emocionalmente a sensação da doença do amor. Doença? Por que não? Há tantos sintomas para explicá-lo. Por favor não o confundam com paixão, esta é crônica, o amor é agudo. Pode perguntar a qualquer poeta ou músico, aos compositores, floristas e boêmios... Muitas explicações haverá para esse substantivo que de tão concreto, é às vezes mais abstrato que seu nome. Alguns se arriscarão nesse infinito explicar, mas não haverá nunca quem lhe possa conceituar com a precisão Geométrica de Da Vinci, somente usar de seu mistério como no sorriso da Monalisa.

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