terça-feira, agosto 08, 2006

a noite do vinho branco


O olhar de satisfação rasa deformava o sentimento que florescia. As flores que brotavam em minhas mãos eram de jardins alheios. Nossos instantes tornavam-se incompletos. Faltava a raiz das coisas. A firmeza da verdade que não tínhamos. Serão curáveis as fases que temos na vida? Porque algumas pessoas vivem e outras trabalham, com persistência. Procurava o desabrochar que via no colo suado e o desejo que aquele vinho branco insistia em exaltar. Talvez um gim fosse melhor companhia. Não acreditava que se alimentasse a vida no anonimato! Talvez fosse heresia prazerosa julgar com os olhos que não alcançavam a mediocridade suposta dos outros. Talvez fosse culpa dos tangos dançados nos filmes com tamanha insensatez e sincronismo. É talvez...

“Quando nada mais precisava de sua força, inquietava-se.”
(frase de clarice lispector em sua obra Laços de Família)

2 comentários:

Anônimo disse...

PAULA, PAULA, PAULINHA... MAIS UMA VEZ INSPIRAÇÃO A FLOR DA PELE... NÉ MENINA LINDAAAAAA.

Anônimo disse...

oi so queria te reencontrarr sad so sad