segunda-feira, agosto 07, 2006


Foi quando
olhei para o céu,
ouvi o jazz,
rasgando minha pele
com o som
de um trompete abafado.
Culpada!
Mesmo sem o intento,
me senti
a culpa.
Ouvindo canções
francesas do século passado,
de amantes antigos.
Bebi as lágrimas
dos pássaros
que não libertei
na infância.
Foi o desejo
Inesperado
que me vestiu de tímida
naquela noite
em que me senti
nas inescrupulosas
carícias libidinosas,
que me despiam
num ardor
sincero.
Um desígnio
voluptuoso
de me apaixonar.
Perdido em meio
aos meus poemas e livros,
aos meus sonhos...
presente
no caprichoso destino.
Um ódio vingativo
dessa intensidade
extasiante.
Insegura na ansiedade
de amar,
possível
desejo
materializado
no homem que terá
chegado para ficar?

Um comentário:

Anônimo disse...

Paulete,
escrever faz bem pra alma, é uma forma de externar o sentimento e de tornar mais perene as sensações efêmeras que temos, depois lemos e podemos captar o que sentimos naquele momento!
Bem...
...essa aí eu adoraria que tivesse sido para mim!
E de verdade se for para alguém, espero que seja merecedor, se for só para você mesma: - Onde encontro esse vulcão?!