são dois poetas tortos.
suspiro e vela
pés e boca
estão dois poetas torpes.
"fina fera, magro bicho"
suaves e brutos de fome e sede de amar,
de pensamentos guardados no submundo desejo;
insanidade de pele.
vejo dois poetas loucos.
que se perdem e sorriem;
fazem o colorido universo do dia ser
gargalhada irônica e pífia
do RIDÍCULO que é essa besta vida.
penso que eles não existem!
2 comentários:
Eu jamais poderia deixar de visitar seu blog hoje. Fico feliz em ver que mesmo com um enorme atraso, sou o primeiro a comentar seu poema (que como você sabe, achei muito bom...lindo mesmo...).
Mas o fato é que a beleza dele está não nele mesmo, como obra acabada, fruto de sua "verve" como escritora, nem em meu olhar de apreciador da tua obra.
A beleza dele é que esse poema representa uma gota de chuva que não foi embora, não evaporou, e ao fazer isso alagou dois desertos.
Essa gota de chuva é o elo que une o infinito do céu e da terra. Ela curva o real e faz ambos se tocarem
...como lábios num beijo de trovoada.
Beijos,
Pedro Pizelli.
poetas ridículos, tortos, torpes e pífios existem no submundo da pele
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