sexta-feira, setembro 09, 2005
Coração de menina tem asas
O coração da menina...
Bateu suas asas e voou.
Foi pra tão longe,
Que nem o vento, seu amigo, soube responder
Onde estava aquela pequenina?
Que com ele tanto brincava e sorria?
Com saudades da sua risada
O vento
Uma leve brisa soprou...
Uma gota de orvalho
Numa folha de outono
Que parecia lágrima de choro
Surgiu com o cheiro da menina.
Aquela mesma, que um dia com o vento brincou.
Um dia, o vento, já calmo e quieto
Da verdade soube então:
A menina fora partida,
Levada pela vida e pelo vilão do tempo.
Fora o tempo que a enfeitiçara,
E dela roubou seu encanto e puro amor.
Agora da menina muito pouco se fala,
Porque sua lembrança calou o vento.
Este que nem na mais remota lonjura que alcança,
Consegue sentir o bater das asas daquele
Coração pequenino.
Nem sua brisa mais singela e macia
Carrega mais os sons daqueles belos dias
Da menina e o vento...
Daquele bater de asas frágil e infante,
Dos doces sorrisos que ela dera na infância...
O tempo é o bandido!
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